Falando Sobre Ansiedade
Pesquisas recentes (antes da pandemia) mostraram que o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Isso é extremamente preocupante se pensarmos nas possíveis consequências na saúde pública do país. É necessário que se pense em estratégias que foquem na saúde mental, pois a população está propensa a ficar cada vez mais adoecida.
No entanto, é importante entendermos que nem toda pessoa que está com ansiedade possui transtorno de ansiedade (transtorno do pânico, fobia específica, transtorno obsessivo-compulsivo, fobia social, dentre outros).
A sociedade tem cobrado padrões cada vez mais altos. Exige-se que sejamos altamente equilibradxs, focadxs, que tenhamos corpos esculturais, e profissionais perfeitxs e tudo baseado no “sempre”! Isso vai atingindo a imagem que o indivíduo tem do outro e de si mesmo. A consequência é a diminuição da auto-estima e o aumento da sensação de inadequação.
A ansiedade é natural do ser humano e nos protege alertando-nos dos perigos. Por si só ela não é ruim! Natural sentir medo (fator real e palpável), mas quando o estímulo é subjetivo falamos de ansiedade.
Não senti-la pode causar atitudes negligentes e pouco preparo para situações relevantes que exigem bons resultados, como por exemplo, ter que falar em público, fazer uma boa prova, ir a uma entrevista de emprego ou conhecer alguém.
Todas as pessoas ficam nervosas, estressadas e ansiosas de vez em quando. Lidar com o incerto e não estar sempre no comando traz a sensação de que algo nos ameaça. Preste atenção se a sua ansiedade aparece de forma frequente e intensa.
Geralmente as pessoas que sentem ansiedade nesse nível estão tão acostumadas a sentir as emoções de forma exagerada, que nem percebem que já estão com um transtorno.
Se isso ocorrer prejudicando-o/a no âmbito profissional ou pessoal, procure por profissional de psicologia para trabalhar as questões que o/a levam a esse quadro.
Os sintomas mais comuns são avaliação de ameaças exageradas, sensação de não conseguir dar conta das situações, raciocínio lógico prejudicado, aumento da atenção para as coisas negativas, sensação de catástrofe na vida, dentre outros.
A ansiedade patológica provém do excesso na auto-avaliação e na avaliação dos riscos. É comum a pessoa entrar em conflito consigo mesma por achar que deveria estar calma, se culpando por sentir ansiedade. O problema é que ao não aceitar que naquele momento você está ansiosx, esse conflito acaba por aumentar ainda mais a sensação de inadequação.
Importante entendermos que existem fatores de risco que podem desencadear em transtorno de ansiedade. Por exemplo, acúmulo de estresse, evento traumático em algum momento da vida, abuso de álcool e outras drogas, etc.
Então reconheça os seus limites, trabalhe a auto-estima, aprenda a dizer não, identifique as suas habilidades e use-as quando necessário, veja o lado bom das coisas, não se cobre demais, pense coisas boas e as pratique, faça atividade física, faça terapia se preciso for, o importante é trazer de volta a sua qualidade de vida. Portanto, tenha paciência para esperar os resultados e planeje os seus objetivos de maneira objetiva.
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3 formas de controlar a ansiedade sem precisar de remédios – http://www.nursing.com.br/ansiedade-sem-remedios/
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