Falando Sobre Tabus: 50 TONS DE CINZA
Quando pensei em expor na internet sobre o filme 50 tons de cinza, me preocupei não só em explanar algumas coisas partindo de indagações, observações e leituras, mas me preocupei também em perguntar aos amigos o que eles achavam do filme, dos protagonistas, quais emoções que o filme lhes proporcionara e com isso, pude entender melhor a que se deve essa vendagem de bilheteria olhando pela perspectiva da subjetividade social.
Porém, antes mesmo de expor alguns pontos, é importante dizer que a tradução literal de “Fifty shades of Grey”, é “As cinquenta sombras de Grey”. Aqui podemos notar uma “incrível coincidência” na trilogia de E. L. James em relação ao arquétipo da sombra, de Jung.
Para Carl Jung (1875 – 1961), Psiquiatra e Psicoterapeuta suíço, Arquétipo são experiências inconscientes no coletivo social. Dentre os Arquétipos, “Sombra” é o que traduz o lado instintivo e obscuro do ser humano e da sociedade como um todo. Ou seja, “sombra” é o instinto animal que o indivíduo não quer para si mesmo e nem mostrar para a sociedade. No entanto, esconder a sombra principalmente de si mesmx, acaba apenas fortalecendo-a até chegar a um ponto de ruptura muito extremo, trazendo consigo um estrago muito maior, pois quanto mais brigamos com a nossa sombra, mais ela se apodera de nós (SCHULTZ; SCHULTZ, 2008).
Entendendo isso e que filmes como “50 tons de cinza” podem ser propulsores de debates para temas como sexo, sadomasoquismo e relações abusivas, resolvi escrever sobre essas temáticas.
Homens como o Sr Grey, lindos, sedutores, cobiçados, bem sucedidos e com um quê que precisa ser “curado” fascinam muitas mulheres. Alguma porcentagem das mulheres se identifica com a protagonista Anastácia e acredita que o amor pode curar e mudar o homem. Mas na vida real, homens possessivos e machistas no nível patológico de Christian Grey, trazem consigo um jogo perigoso que precisa de muito cuidado e atenção. Relações assim geram grandes sofrimentos físicos e psíquicos, podendo levar a assassinatos. São, portanto, relações doentias em que ambos precisam de ajuda de um profissional; elas porque estão ligadas a uma relação de submissão e anulação de si mesmas e eles pelo histórico de vida que os sucumbe. A ficção nem sempre retrata a realidade.
No entanto, precisamos entender que sexo ainda é um tabu e que algumas pessoas têm fantasias sexuais. Se você possui alguma ou mesmo não a possui, não há problema nisso. Consentir permissão para praticar os reais desejos torna-se quase que um jogo de perguntas e respostas. Se você deseja experimentar ou não é algo que só diz respeito a você e o seu (a) parceiro (a). O sexo é para ser divertido e estimulante, se isso não acontece, tem algo errado. Seja sincerx consigo mesmx!
Espero imensamente que falar sobre sexualidade seja um ato cada vez mais comum e que os julgamentos que se sucedem tragam consigo aprendizagem do respeito ao próximo. Cada pessoa tem os seus desejos e fantasias sexuais, e é importante respeitá-los. Só precisamos ficar atentos para que não fira emocional, física e eticamente o outro.
REFERÊNCIA:
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney E. Teorias da Personalidade. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
SITES PESQUISADOS:
http://www.psiconlinews.com/2015/02/50-tons-de-cinza-na-perspectiva-de-um.html
http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/cinquenta-tons-de-cinza-na-sexualidade-humana-13835728
http://www.sobreavida.com.br/2012/12/18/50-tons-de-cinza-uma-analise-psicologica/
http://luizafranco.com.br/reflexao-psicologica-sobre-o-filme-50-tons-de-cinza/
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