Pensamos fazer sexo com o outro, mas na verdade estamos fazendo sexo com nossas fantasias sexuais! Vou explicar melhor.
Quando me refiro a fantasias sexuais, não estou fazendo menção somente as fantasias consideradas socialmente estranhas ou mais elaboradas, mas a maneira como fantasiamos o ato sexual em si.

Antes mesmo do encontro entre o nosso corpo com o da outra pessoa as fantasias já permeiam a nossa mente. A forma como fazemos sexo, portanto, é a junção das nossas fantasias sexuais com o que consentimos realizar.

Os nossos desejos e vontades partem de dentro para fora (mundo inconsciente), o outro se torna apenas o meio pelo qual conseguimos satisfazer nossas fantasias, sejam elas super elaboradas ou não.

Todos fazemos do outro objeto sexual na medida em que esse outro se torna o sujeito que realiza nossos desejos. Não estou dizendo que somos apenas objetos sexuais uns para os outros, e sim que o ato sexual é a realização de nossas fantasias no encontro com o sujeito.

As crenças que temos sobre sexo, homens, mulheres e de nós mesmos interferem na relação que temos com o nosso próprio corpo e na maneira como nos permitimos fazer sexo com as outras pessoas.

A crença de que “nenhum homem presta” te deixou alerta todo esse tempo e em segurança muitas vezes, mas pode ser que esta mesma crença te traga para a não entrega a uma relação amorosa. Algum momento lá trás você aprendeu isso e foi muito difícil vivenciá-lo, por isso você não quer passar novamente ou ver algo parecido com o que você presenciou em casa, por exemplo, podendo interferir também no modo como você conduz suas fantasias sexuais e na sua autoestima.

A crença de que é correto “sexo só depois do casamento” pode interferir na condução da relação com o próprio corpo e com o outro. Não tem certo ou errado aqui, a questão está em como o sujeito se sente em relação a crença.

Enfim, o que quero trazer são reflexões de como nossas crenças conduzem nossos comportamentos e relações.

Tatiana
Tatiana